A grande maioria das mulheres tem a seu encargo a espinhosa tarefa da gestão da casa. Eu não sou excepção, por isso digo com alguma frequência que preferia ser homem.
Mas sendo completamente honesta, isso não corresponde à verdade.
Talvez, em momentos de desespero, esse sentimento me assalte o espírito, mas saber que quase tudo em casa depende de mim, das minhas capacidades e da minha organização, dá-me um certo gozo!
Não pensem que sou uma espécie de Bimby humana, ou uma Bree Van de Kamp, nada disso!
Sou uma mulher comum, que trabalha, que tem 2 + 2 filhos e que como todas as outras mulheres, há dias em que nem pode ouvir sequer a pergunta:
- "O que é o jantar?"
Mas a verdade é que existem seres lá em casa que não se compadecem das minhas dúvidas gastronómicas, nem da minha falta de imaginação e como também não quero dar parte fraca, tento ir fazendo umas "Coisas" diferentes.
Além da difícil decisão de fazer as ementas, há também uma questão que para mim é absolutamente fundamental - não passar muito tempo na cozinha, nem a confeccionar nem a arrumar.
É importante fazer refeições saborosas, equilibradas e que toda a família aprecie, mas o tempo que passamos com eles é tão ou mais importante.
Depois há a problemática escolha dos ingredientes, com filhos pequenos e/ou adolescentes não podemos inventar muito. Palavras como caril, coentros e legumes de todas as espécies, etc. provocam o pânico só de os pronunciar! O segredo é, ou usar em pequenas quantidades, ou então camuflá-los muito bem, para que passem despercebidos com os outros alimentos que eles adoram.
Se a tudo isto juntarmos o gosto pela arte de cozinhar, o resultado será perfeito.
Mas se apesar de todos os esforços por vezes não correr muito bem, não há que desanimar. É voltar a tentar noutro dia, outra coisa diferente, ou porque não a mesma!
Mas se apesar de todos os esforços por vezes não correr muito bem, não há que desanimar. É voltar a tentar noutro dia, outra coisa diferente, ou porque não a mesma!